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quinta-feira, 30 de março de 2017

STJD diz que laudos atestam falsificação do Inter




O caso Victor Ramos ganhou um novo elemento nesta quinta-feira. Em nota oficial, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou que a perícia comprovou falsificação de e-mails por parte do Inter no processo, em episódio denunciado pela CBF no final do ano passado. Ao mesmo tempo, também adiou os depoimentos de dirigentes, previamente marcados para a manhã desta quinta-feira. O ex-presidente Vitorio Piffero e o atual vice-jurídico Gustavo Juchem não compareceram ao tribunal por "problema de saúde e compromissos profissionais", conforme o órgão.

Piffero e Juchem haviam sido intimados pelo auditor do plano do STJD, Mauro Marcelo de Lima e Silva, para que ambos prestassem esclarecimentos com relação aos fatos investigados. Não há data definida para a próxima oitiva. 

– As oitivas foram agendadas para a data de hoje após Mauro Marcelo ter finalizado a parte investigativa do inquérito e recebido os laudos/pareceres elaborados por peritos de São Paulo e Rio de Janeiro, que comprovaram a falsificação de parte dos e-mails inseridos em processos de interesse do Inter, tais como adulterações de: “forma e conteúdo, subtração de palavras, textos, nomes e frases, além de inserção indevida de palavras, letras e assinaturas, modificações essas de conteúdo capazes de descaracterizar o seu sentido original” – diz o comunicado, publicado no site do STJD. 


Em 9 de dezembro, a CBF enviou ao STJD um ofício no qual afirma que os e-mails que vazaram com uma suposta conversa entre diretor de Registro e Transferência da CBF, Reynaldo Buzzoni, e dirigentes do Vitória, foram adulterados. As mensagens eletrônicas foram utilizadas pelo Inter para tentar reabrir o processo sobre inscrição irregular do zagueiro e, com isso, tirar pontos do time baiano e evitar o rebaixamento.  


Na época, a CBF negou que tivesse a intenção de acusar o Inter de falsificação de documentos. Alegou, porém, que os e-mails supostamente adulterados faziam parte do processo e pediu ao STJD que eles fossem legitimados e, caso a falsificação fosse comprovada, que o caso fosse levado para investigação no Ministério Público do Rio de Janeiro.

O Colorado, por sua vez, chegou a ingressar com pedido de "suspeição" à investigação. A reclamação inicial do departamento jurídico do clube teve a ver com o sorteio do auditor Mauro Marcelo para conduzir o procedimento. O Inter contestava a manutenção do auditor no caso por sua ligação com a CBF, uma das partes interessadas no inquérito. A contestação, porém, não foi reconhecida.

Sem sucesso no âmbito nacional, o Inter recorreu à Corte Arbitral do Esporte , e entende que a abertura do inquérito no STJD seria uma retaliação a isso. Com sede em Lausanne, na Suíça, o TAS atendeu o pleito do clube e marcou o julgamento para o dia 4 de abril, antes do início das séries A e B do Campeonato Brasileiro (em 13 e 14 de maio, respectivamente) e, por coincidência, no dia em que o clube gaúcho completa 108 anos.

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